domingo, 9 de dezembro de 2007

Henrique

Postado por Diego P.

Ele abriu os olhos, o que via?Nada, somente escuridão.
Silêncio.
Será que estou cego?Será que meus olhos estão realmente abertos?
Medo.
Lembranças começaram a povoar sua mente, lembranças de um passado distante... ou não!?
“Hey, onde você tá indo?”
“Pára com isso!”
“O sol está tão bonito hoje, não”?
“Eu te amo tanto...”.
Rostos desconhecidos, vozes estranhas.
O que houve comigo?Onde estou?
Quem eu era?Quem eu sou?!
Tentou abrir os olhos novamente, agora sim, ele conseguiu.
Olhou ao seu redor, a pergunta continuou em sua cabeça. ”Onde estou?”.
Pessoas estranhas indo e vindo freneticamente, pareciam não notá-lo ali, caído no chão, quase o pisoteavam,causavam um som infernal, e ao mesmo tempo um silêncio fúnebre.
Estou louco?
Infernal.
Fúnebre.
E inesperadamente, como um raio de luz, como uma flecha que corta o ar, suas lembranças voltaram.
A dor foi insuportável, sua cabeça parecia que ia explodir,ele gritou,gritou como jamais gritara.
Mais não foi ouvido
“O quê? Você me traiu com meu melhor amigo?!”
“Pára, não me bata, eu não te amo mais!”
“Você não me ama mais, sua...?!”
“Tira essa arma da cabeça, podemos resolver isso como pessoas civilizadas, não vá fazer uma besteira... Tira essa arma da cabeça!... Agora!... Nãããoooooo!”
Agora tudo era claro, mais ele não podia suportar a força aterrorizante da verdade.
Eu estou morto.
Era mais uma pergunta do que uma afirmação, mais ele sabia que não havia saída, ele tinha que se conformar, afinal ele que causou aquilo, aquela situação.
“Sim, eu estou morto!”
Levantou-se, suas pernas pesavam,doíam. Mortos sentem dor?!Não tinha tempo para perguntas, ele tinha que ir. Para onde?Bem, isso ele não sabia, a única coisa que sabia era que tinha que ir.
“Sim, eu estou morto!”
A cada passo repetia em voz alta a mesma frase, como se fosse para acreditar na realidade aterrorizante que o envolvia.
“Sim, eu est...”.

PS - eu sei ,o texto eh meio 'estranho'

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