sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O Diário de Janaina.
Janaina em: "O trauma de carnaval"

Postado por Aline C.

-Acoooorda menina!
Janaina abriu os olhos, murmurando chingamentos à mãe por tê-la acordado tão cedo em pleno domingo. Estava tão cansada e com tanto sono que achou melhor nem se dar ao trabalho de ter uma discussão àquelas horas da manhã.
Relutantemente, levantou da cama, cambaleo até o banheiro, ainda sem abrir os olhos, tateou a parede até achar o "negocinho que acende a luz". Parou diante do pia, admirando sua imagem no espelho. O cabelo desgrenhado, o rosto amaçado, os olhos vermelhos e inchados. "Nossa, pareço tão sexy ao acordar" - brincou Janaina, já conformada com o fato de que não conseguiria voltar para a cama.
Fez seu ritual matinal, como fazia todos os dias.
Lavou o rosto, escovou os dentes, ficou cerca de 10 minutos parada, imóvel diante do espelho, totalmente alienada pensando em algo que provavelmente não faria sentido nenhum um pouco mais tarde e depois de acordar de seu "transe matinal", como sua mãe constumava chamar, escovou lentamente os cabelos, trocou de roupa e desceu para tomar o café.
-Não sei o que tanto você faz dentro daquele banheiro. Precisa demorar tanto?
-Ah mãe, não começa vai. Já chega você ter me acordado tão cedo em pleno domingo!
E ela não resistiu. Tinha prometido a si mesma que não começaria uma discussão com sua mãe por causa do horário, mas foi mais forte do que ela. Janaina sabia que ela e sua mãe terminariam rindo sem motivo algum ao fim daquele teatrinho das duas. Era sempre assim. Para um estranho, elas pareciam duas dementes.
Ao fim do ataque de risos provocado por um motivo desconhecido ao fim da discussão, Janaina estava entediada em frente a TV.
-Carnaval.Muda de canal. -Umn... Carnaval.Muda de canal de novo. -E, olha! Carnaval de novo! ¬¬' -Será que não existe uma pessoa sequer que não goste de carnaval? Nossa, em um canal o carnaval de São Paulo, no outro, o carnaval do Rio de Janeiro, no outro, o da Bahia, no outro, o de Campinas. Será que ninguém percebe que, independete do lugar, todos são iguais?
Janaina não trazia boas lembranças dos carnavais passados.
*****
Mini flashback explicando o motivo.
Tudo começou quando ela era ainda uma pré - adolescente. Em meados de 2004 sua mãe finalmente a deixara ir a uma festa de carnaval. No começo, tudo era lindo, a decoração, pessoas com as mais diversas fantasias, a música, todo mundo alegre. Ela se sentia bem.
Janaina, que tinha apenas 13 anos, vestia uma fantasia de sereia. Fizera de tudo para que sua mãe lhe comprasse a fantasia, estava linda.
No começo tudo estava perfeito. Ela estava dançando, pulando, cantando, se divertindo como a muito tempo não fazia, até que Janaina é tomada por uma avassaladora dor de barriga. Ela procura por sua amiga Dani, mas só vê estranhos a sua frente.
O desespero toma conta da pobre Janaina. Ela percorre todo o salão com os olhos, mas não vê nenhum rosto conhecido.
A dor aumenta e sua barriga começa a se contrair perigosamente e emitir ruidos estranhíssimos. Ela percebe que não tem muito tempo. Precisava encontrar um banheiro com urgência, os as consequências seriam terríveis!
Janaina coloca a mão entre as pernas, como que para evitar que o pior acontecesse, e sai correndo desesperada pelo salão. Ela tenta perguntar a algumas pessoas onde fica o banheiro, mas todos achavam que só se tratava de uma "criança" feliz que tinha acabado de inventar uma nova coreografia, ninguém lhe dava a mínima atenção.
Quando ela achou que não havia mais jeito, viu a famosa luz no fim do túnel. Uma porta azul com uma menininha em vermelho. Para uma pessoa necessitada, aquela foi a visão mais perfeita de toda a sua vida até aquele dia.
Janaina, sem pestanejar, saiu correndo em direção ao banheiro. Estava salva!
Felizmente, conseguiu chegar a tempo e toda a angústia que tomava conta de seu corpo foi se dissipando aos poucos. Ela ficou lá apenas por alguns minutos, a tempo de se recompor e voltar para a festa, que talvez não estivesse totalmente perdida. Ao se levantar do vaso, Janaina puxou a descarga. Pobre Janaina!
Seu rabo de peixe havia caido, sem querer dentro do vaso. Janaina ainda tentou puxá-lo, mas já era tarde demais. Como se estivesse sendo tragada pela força de um mar em fúria, a descarga levou consigo toda a parte de baixo da linda fantasia de sereia. Maldito rabo de peixe!
O desespero havia tomado conta de Janaina novamente. Mas dessa vez, não havia mais o que fazer. A menina enchugou as lágrimas que, inevitavelmente, brotaram de seus olhos e abriu a porta.
Quando ela saiu do banheiro, nada de diferente aconteceu. Ela ficou aliviada por ninguém notar a presença dela, que usava apenas suas roupas íntimas agora.
Mas, como já diziam os mais velhos, desgraça pouca é bobagem.
Janaina deu mais dois passos em direção ao salão e quem ela encontra parado bem perto do banheiro? Thiago, seu grande amor desde o maternal.
Ele olhou pra ela, tirando o pirulito que tinha na boca, os olhos arregalados. Apontando pra ela e olhando com cara de espanto ele fez o que ela mais temia: "-Você tá só de calciiinhaaa?" o.O
Uau, pra uma menina de 13 anos, aquele era o fim do mundo. Thiago era simplesmente o garoto mais perfeito de toda a face da Terra, o garoto que ela queria pra ser o pai de seus filhos!
Corando, Janaina não pensou duas vezes, empurrou ele pra que saisse da sua frente e saiu correndo.
Ao fundo, sobre a música alta ela ainda podia ouvir a voz de Thiago, num tom de surpresa e deboche "Sério cara, ela tava só de calcinha mesmo, cadê as calças dela?"
Saindo do salão, ela finalmente econtrou Dani, que tentava acalmá-la enquanto a pobre garota contava todo o acontecido, entre soluços, desde a diarréia, até o trágico episódio envolvendo Thiago. Elas foram embora, mas Janaina nunca mais quis saber de carnaval em toda a sua vida.
*****

-Sinceramente, não sei o que tem de tão legal nisso. Festinha sem graça!
Janaina desligou a TV e saiu, se trancando no banheiro. Carnval sempre lhe despertava uma misteriosa diarréia.


Fim, por enquanto...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Jonas e Mariana

Postado por Diego P.

O namoro nunca foi grande coisa, o noivado também não, eles achavam que no casamento iria ser diferente, mas não foi.
Jonas e Mariana namoraram demais, noivaram de menos, e o casamento, bem o casamento sempre foi algo à parte, sempre foi algo instável, algo sem alicerces, eles não sabiam o porquê, mas insistiam na relação, insistiam em ficar juntos, talvez a razão fosse porque um amava o outro, ou talvez eles não soubessem o que queriam da vida mesmo, melhor juntos do que separados, esse era um pensamento corriqueiro na mente de Mariana e Jonas.
Como disse, eles não sabiam o que os unia, não sabiam a razão de insistir na relação, eles não eram um casal perfeito, passavam longe disso, mas eles se amavam, isso que importava, eles tinham a crença que um dia tudo se resolveria, que a relação fluiria,eles acreditavam final feliz das historias infantis, eles acreditavam no seu final feliz,eles acreditam que iam ser felizes.
Mas não foram

domingo, 30 de dezembro de 2007

Até...

Postado por Aline C.
Obs.: meio tristinha demais pro meu gosto...
=/

O dia brilhava lá fora.
Eu me sentia bem.
Se não fosse a falta absurda que eu sentia de você.
Achei que passaria, achei que um belo dia eu acordaria e você não estaria mais no meu coração e na minha cabeça.
Estava enganada.
O pior de tudo é que quanto mais eu tento te esquecer, mais eu tenho você na minha mente.
Está nos meus atos, nas minhas (melhores e piores) lembranças, está no meu quarto, está na minha pele.
Antes as palavras embaraçadas na sua presença me condenavam, hoje, a falta delas me tortura, e me mata aos poucos.
Ainda sento, horas a fio, diante do telefone esperando que ele toque. Tudo a toa.
Você não me liga mais há meses, e isso me dói.
Certo dia o som estridente do telefone ecoou pelo meu apartamento de 2 cômodos, agora vazio. Eu corri ansiosa. Não era você.
Eu chorei.
Chorei como há muito tempo não chorava.
Achei que aquilo me faria bem.
Estava enganada.
A agonia da sua ausência tomou conta de mim de uma forma violenta, trazendo a tona um turbilhão de sentimentos.
Meu quarto ficou pequeno demais e o mundo desmoronava ao meu redor.
Precisava sair dali, ou ficaria louca!
Quando cruzei a portaria, todos os rostos que eu via me lembravam você, todas as pessoas tinham a sua imagem.
Eu estava tendo uma overdose de você.
Vaguei sem rumo durante horas e quando me dei conta estava parada diante da sua porta.
Fiquei emocionada ao ver que o enfeite de natal que eu havia lhe dado anos antes ainda estava na sua porta. Eu estava tremendo feito uma criança. Pensei em bater, mas vacilei. Era covarde demais para tal.
Hoje eu lhe envio essa carta, na esperança de que ainda exista algum sentimento por mim no seu peito, e que tudo que vivemos não tenha sido em vão.
Mas, em todo caso, espero apenas que ela te faça feliz, te faça sorrir e te faça sonhar, assim como um dia eu sonhei em fazer.
Saiba que te amei com todas as minhas forças, que te amo incondicionalmente e que até o meu ultimo suspiro ainda te amarei. E muito!
Agora me despeço de você com um breve até logo, pois mesmo sabendo que ele será definitivo, não tenho coragem de lhe dizer adeus...

Te amo!!
Até logo...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Rotina

Postado por Aline C.
Obs.: Tá grande mais é legalzinha...
xD


Levantei pontualmente às 7 da manhã como já era de costume.
Tomei um banho rápido, troquei de roupa, arrumei minhas coisas e saí. Parei no Jhonny’s para tomar um cafezinho rápido e comer alguns croissants, como fazia diariamente, já que nunca tomava o café da manhã em casa.
_Bom dia, flor do dia! O de sempre?
“A não! De novo não! Flor do dia é a p*** que te pariu! Traz logo meu café que eu já estou atrasada e não enrole mais! Eu odeio sua felicidade, gordo rolha de poço!”
­ _Bom dia Manoel! Isso mesmo, você nunca erra não é?! Adoro sua eficiência!
Cheguei ao escritório as 08h02min.
Logo de cara já tive que aturar o mau humor matinal do meu chefe. Eu estava apenas 2 minutos atrasada! Dois míseros minutos não fariam tão mal assim!
_Isso são horas dona Juliana?
“Velho idiota! Pensa que tem o rei na barriga só porque é subchefe dessa repartição medíocre de um escritoriozinho mais medíocre ainda!”
_Perdão seu Gregório! Isso não irá se repetir!
_É lógico que isso não irá se repetir, porque se isso se repetir você estará no olho da rua! Estamos entendidos?
“Eu posso até ir para o olho da rua, mas antes eu arranco essas suas sobrancelhas ridículas fio a fio e dou um jeito nesses seus suspensórios caóticos. Velho idiota!”
_Sim, sim. Eu entendo.
Passado o stress do encontro com Sr. Gregório, peguei uma pilha de papeis na minha mesa e levei até a copiadora.
_Perdão meu bem, mais eu já estava na fila.
“Perua filha da p***! Acabou de chegar que eu vi, e agora vem querendo passar na frente?! Acha que só porque já se deitou com 99,9% dos homens dessa repartição pode fazer o que bem entender? É mais rodada que pneu de fusca e vem tirar onda de gostosona pra cima de mim! Biscate de meia tigela!”
_Ah! Desculpe-me Denise, não tinha te visto. Pode passar na frente!
Meia hora depois, Denise finalmente terminou de tirar suas cópias (cópias, aliás, de fotos suas com dedicatórias e um espaço em branco para preencher com o nome do ‘felizardo’) e eu pude usar a maquina.
_Oi Juju da minha vida! Você vai me desculpar, mas acabou a tinta. Copias só daqui uns 40 minutinhos.
“EU NÃO TO ACREDITANDO! Se já não bastasse o gordo do Manoel, o velho do Sr. Gregório, a biscate da Denise, agora o banguela do Geraldo vem me dizer que a maquina ta sem tinta e só vai voltar a funcionar daqui a 40 minutos. Em 40 minutos eu transcrevo todos os documentos a mão mesmo! Será que ele não percebe que isso é urgente! E ele vem me chamando de Juju ainda por cima! A, como eu odeio esse caipira dos infernos!”
_Sem problemas então Geraldo! Eu não to com pressa mesmo. Daqui 40 minutos eu volto, ta bom?
Tudo corria pessimamente. Hora do almoço. Sai correndo para garantir a melhor mesa do Jhonny’s, já que aquilo enche na hora do rush.
_Oi gata! Pensei que não fosse te ver tão cedo. Você parece fugir de mim, linda!
“Fabrício. Ele é simplesmente o cara mais lindo que eu já vi em toda a minha vida. E o mais chato também! Como de uma boca tão perfeita pode sair tanta besteira? É uma pena desperdiçar tanto charme com essas conversas de botequim. Se ele fosse um pouco mais culto, e um pouco menos desesperado, seria o homem ideal, mas, por enquanto ele continua sendo apenas O CARA MAIS INSUPORTÁVEL DA FACE DA TERRA!”
­ _Oi Fabrício. Eu, fugindo de você? Como poderia! Eu adoro suas conversas, lindo!
Depois de uma hora e meia suportando os papos absurdos do Fabrício, finalmente me livrei daquele (gato) insuportavelmente chato e voltei para o escritório, insuportavelmente mais chato ainda.
_Aiii! Juliana, ainda bem que eu te encontrei! Você não sabe o que aconteceu comigo na noite passada. Preciso te contar isso urgente! Vem comigo pra minha mesa.
“Claro, eu não podia terminar o dia sem ouvir mais uma das histórias mirabolantes (e visivelmente inventadas) da Marcela. Ela é a pessoa mais sexualmente frustrada que eu conheço! Todo dia ela inventa uma historia diferente, sobre um ‘homem simplesmente perfeito que veio puxar papo com ela na noite passada’. Como se algum homem em sã consciência iria puxar papo com aquela giganta, fanha e anoréxica. Mas, como o meu dia hoje está perfeito, eu agüento mais mentiras desse ser digno de pena e finjo algum interesse... como sempre!”
_Claro! Me conta sim, o que foi que aconteceu com você agora Marcela? Que sorte você tem de ser tão linda. Os melhores caras sempre se interessam por você... Bom, agora me conta logo porque você já está me matando de curiosidade!
Nossa! Dessa vez ela demorou mais que o normal... Que historia ridícula! Mas, pelo menos, agora apenas 45 minutos me separam da minha casa! Está quase na hora de ir embora.
E finalmente o relógio marcou 6 horas!
Depois de mais um dia exaustivo de trabalho, o merecido descanso!
_Eu não acredito que você entrou, saiu para o almoço, voltou e nem me falou um ‘oizinho’ sequer!
“Aaaaaaaaa não! Eu mereço! Eu devo ter jogado pedra na cruz! Não é possível uma coisa dessas! Já são 06h05min e eu to aqui ainda, falando com esse porteiro retardado! O que eu fiz pra merecer isso hein? Eu poderia estar na minha casa, na minha cama, comendo brigadeiro de panela e assistindo TV, mas não, eu estou aqui dando atenção pra um cara de quase 40 anos, que age como uma criancinha de 3. Isso não é justo! Eu não mereço aturar esse paspalho retardado que pensa que o mundo gira ao seu redor. Como eu odeio esse bebê chorão!”
_Ah, Reinaldo! Não fique assim, eu to aqui agora não to? E eu tenho todo tempo do mundo pra nós conversarmos agora! Não precisa ficar chateado. Então, me conta, como foi seu dia?
Horas depois (sim, horas depois!) eu consegui me livrar do Reinaldo. Mas nisso eu já estava exausta e todos os meus planos haviam ido por água abaixo.
Cheguei em casa morta de cansaço, as 10h27min e fui tomar um banho quando meu chuveiro explodiu! Sim, meu chuveiro simplesmente explodiu!
Liguei pra sindica, dona Miranda (uma vaca!):
_Meu bem, se seu chuveiro explodiu, compre outro! A responsabilidade é sua, não do condomínio!
“Sim, a responsabilidade seria só minha e não do condomínio se aqui não houvesse tanta oscilação de energia devido à fiação antiga e inadequada que a senhora insiste em não trocar. Agora eu vou ter que tomar banho de caneca e arcar com o prejuízo sozinha por causa da sua mesquinhez! Velha p***! Sinceramente, eu quero mais é que a senhora, seu condomínio e toda a sua fiação do século XIX vão se fu***!”
_Claro dona Miranda! Que idéia a minha achar que o condomínio teria alguma culpa na explosão do meu chuveiro. Peço desculpas pelo transtorno.
Assim que desliguei o telefone fui em direção ao meu quarto, ainda com espuma nos cabelos e enrolada na toalha. No meio do caminho... !Paft! Fui de encontro ao chão em um tombo cinematográfico.
_Mas o que a merda desse abajur ta fazendo aqui! Eu não acredito nisso! O meu dia já ta perfeito mesmo... Primeiro o gordo do Manoel, depois o velho do Sr. Gregório, a biscate da Denise, o banguela do Geraldo, o (gato!) mala do Fabrício, a frustrada da Marcela, o bebe chorão do Reinaldo, a vaca da dona Miranda, agora essa porcaria de abajur também! EU – NÃO – MEREÇO – ISSO! Não é possível que essas coisas só aconteçam comigo! Alguém deve ter entrado aqui e pensado: “Bom, como o dia da Juliana ta muito tranqüilo hoje, eu vo coloca esse abajur aqui pra ela cair e dar de cara com o chão, só pra ela sofrer um pouquinho!”. É foi isso! Há um complô contra mim! Tudo e todos estão contra mim. Até esse abajur demoníaco!
Passado o acesso de raiva, eu finalmente terminei meu banho (de canequinha porque o chuveiro pode esquecer) e fui assistir TV.
“Bem, acho q é melhor eu ir atrás de um psicólogo. Não o psicólogo que vá pra p*** que pariu! Vo procura um psiquiatra. Não um psiquiatra é pra louco e eu não gosto dessa palavra, PSIQUIATRA. Eu vo procurar... hã... ahh não vo procura nada, vo come brigadeiro de panela q eu ganho mais”.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Felicidade


Postado por Diego P.
Dedico à Carol, garota que me"insentivou" e me explicou o que realmente eram crônicas =D

Eram umas 9 da manhã, ele acordou disposto como em todos os dias, levantou,abriu a janela, o dia estava um pouco nublado, mas ele não se importava, pois tinha certeza, aquele dia nublado refletia totalmente o contrário do que ele estava sendo nos últimos anos: uma pessoa feliz.
Uma pessoa feliz?Sim, ele achava que era uma pessoa feliz.
Mas o que é ser feliz?
Bom, para ele era sentir o cheiro da garota que ele gosta, vê-la mexendo no cabelo, da maneira que só ela mexia, ser feliz para ele era ler um bom livro, ouvir uma boa musica, ganhar um bom abraço.
Ser feliz pra ele era ver os outros felizes, era fazer alguém se sentir bem, era imaginar que ele fazia falta para alguém, que alguém pensava nele antes de dormir!
Mas o que é felicidade?
Por incrível que pareça, para ele era e é impossível definir felicidade, pode parecer meio contraditório, mas é isso, ele sabe o que é ser feliz, mas não consegue definir a tal da felicidade, definir o óbvio é complicado, é difícil.
A felicidade – como tudo que existe, pode e deve ser observada sob vários prismas, é um sentimento muito subjetivo, tudo dependerá do caráter, da experiência do que para a pessoa foi “ser feliz”, da maneira como você encara a vida!
Como já disse definir o simples é complexo.
Então depois de tantas contradições e reflexões, deixo essa pergunta no ar: Para você o que é ser feliz? O que é felicidade?

domingo, 9 de dezembro de 2007

Henrique

Postado por Diego P.

Ele abriu os olhos, o que via?Nada, somente escuridão.
Silêncio.
Será que estou cego?Será que meus olhos estão realmente abertos?
Medo.
Lembranças começaram a povoar sua mente, lembranças de um passado distante... ou não!?
“Hey, onde você tá indo?”
“Pára com isso!”
“O sol está tão bonito hoje, não”?
“Eu te amo tanto...”.
Rostos desconhecidos, vozes estranhas.
O que houve comigo?Onde estou?
Quem eu era?Quem eu sou?!
Tentou abrir os olhos novamente, agora sim, ele conseguiu.
Olhou ao seu redor, a pergunta continuou em sua cabeça. ”Onde estou?”.
Pessoas estranhas indo e vindo freneticamente, pareciam não notá-lo ali, caído no chão, quase o pisoteavam,causavam um som infernal, e ao mesmo tempo um silêncio fúnebre.
Estou louco?
Infernal.
Fúnebre.
E inesperadamente, como um raio de luz, como uma flecha que corta o ar, suas lembranças voltaram.
A dor foi insuportável, sua cabeça parecia que ia explodir,ele gritou,gritou como jamais gritara.
Mais não foi ouvido
“O quê? Você me traiu com meu melhor amigo?!”
“Pára, não me bata, eu não te amo mais!”
“Você não me ama mais, sua...?!”
“Tira essa arma da cabeça, podemos resolver isso como pessoas civilizadas, não vá fazer uma besteira... Tira essa arma da cabeça!... Agora!... Nãããoooooo!”
Agora tudo era claro, mais ele não podia suportar a força aterrorizante da verdade.
Eu estou morto.
Era mais uma pergunta do que uma afirmação, mais ele sabia que não havia saída, ele tinha que se conformar, afinal ele que causou aquilo, aquela situação.
“Sim, eu estou morto!”
Levantou-se, suas pernas pesavam,doíam. Mortos sentem dor?!Não tinha tempo para perguntas, ele tinha que ir. Para onde?Bem, isso ele não sabia, a única coisa que sabia era que tinha que ir.
“Sim, eu estou morto!”
A cada passo repetia em voz alta a mesma frase, como se fosse para acreditar na realidade aterrorizante que o envolvia.
“Sim, eu est...”.

PS - eu sei ,o texto eh meio 'estranho'